quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A garotinha ruiva

Sempre questionei sobre o amor. Desde pequenininha... sim, estranho não é?Um amor desses gostoso pra gente sentir aquele frio na barriga de presente de aniversário ou de Natal, desses que você sabe que é o que você queria ganhar e ansiedade é tão grande que você dá pulinhos de alegria.
Eu achava que conhecia também o que é o amor, que quando ele acontecesse certeza que iria parar, suspirar e dizer: Sim, sim! Isto é amor! Que puxa! Mas hoje eu não sei se isso que eu carrego dentro do meu coração é amor. Ontem eu vi a minha garotinha ruiva... com muito esforço da minha parte, conversei com ela, rimos e brincamos. Eu digo esforço da minha parte, porque é difícil ter coordenação motora e emocional para lidar ao vivo com quem a gente gosta. Parece trabalho de circense que se equilibra em cima de uma corda bamba fazendo malabarismos com fogo e fumando um cachimbo. Eu estava assim... mas sem o cachimbo.
Mas o amor não existe para fazer a gente feliz? - pergunta Charlie Brown.
O amor faz a gente feliz, mas é efêmero... é momentâneo. E a gente se agarra a esses momentos como se fossem migalhas espalhadas a pequenos pardais. A gente não pega o amor e não o guarda pra gente... senão envelhece, mofa... estraga. Amor é algo com prazo de validade diário. Tem que ser renovado todos os dias.
Ontem, descobri que meu amor pela garotinha ruiva está mofando... afinal, é amor de uma pessoa só e esta guardado em um lugar secreto e seguro. Está virando um sentimento que eu não sei ao certo definir, não sei se é um querer bem, somente. Fiquei triste por questão de minutos e chorei, mas foi uma coisa que não veio naturalmente. Uma sensação de “eu ja sabia” misturada com uma ponta de tristeza. É vai ver não é para ser, definitivamente.
É melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado na vida. E como dizia o Minduim... eu estou desenvolvendo uma nova filosofia, eu só preciso suportar um dia por vez.
Até logo, garotinha ruiva.

Nenhum comentário: