terça-feira, 11 de março de 2008

Nação Prozac

A vida de todo mundo segue padrões. Amorosos, de cunho trabalhístico ou lazer.
Vamos exemplificar... a gente seleciona as pessoas de acordo com critérios pessoais de relacionamento. Afinidades, gostos e até mesmo aparência física. Isto são padrões... sejam comportamentais ou psicológicos.
A minha vida tenta seguir padrões dosados diários. Minha semana possui um padrão repetitivo, cansativo e nostálgico ao mesmo tempo. Acordo cedo, sempre levantando do mesmo lado da cama, tomo banho, me visto, arrumo minha cama, vou trabalhar e no final do dia, chego em casa.
Ultimamente meus finais de semana são reservados à leitura, organização de coisas pessoais e filmes malucos como “Nação Prozac”. Tenho gerido nos últimos tempos uma certa abstinência à lugares públicos. Estou cansada de ver gente, de pensar em gente, com um medo egoísta de talvez, possivelmente... me machucar. Tenho selecionado melhor aqueles que eu já conhecia e dado uma ajeitada na minha lista de amigos. Eu não quero ter que precisar de alguém pra me sentir feliz. Então, toda vez que eu me sinto muito triste e dá aquela vontade louca de chorar, eu seguro. Tá tudo bem, vontade vem e passa. Então... vai passar.
Bem, voltando aos padrões...
Qual é o meu padrão como pessoa? Eu não posso ser infantil o resto da minha vida. Eu não posso ser maluca sempre, nem posso continuar a esconder minha fraqueza numa carência constante. Mas... ao mesmo tempo, eu não sei dizer o que eu sou hoje depois de olhar pra trás. Eu já perdi muito de mim nesse caminho. E agora, eu tento me ver no espelho e enxergar quem eu sou.
Eu não gosto muito do que vejo, mas eu não sei aonde mudar porque eu não sei se eu vou conseguir chegar perto do que a minha pessoa é. Isso é muito complicado, porque, mesmo tempo que eu não sei o que sou agora, eu sei o que eu não posso ser. Eu não sou mais uma criança, muito menos uma adolescente, eu sou uma mulher de 24 anos. Adulta, cacilda!
Mas meo, me fala aonde que eu encontro alguém pra me dar um norte nessa vida de adulta que eu não sei como encaixar na minha vida. Cadê a porcaria do padrão? Por que eu continuo indo trabalhar como adulta, pagando minhas contas e escondendo da grande maioria que eu sou essa confusão ambulante que anda por aí tentando encontrar um padrão razoável pra eu conseguir me adequar? Cadê minha auto-suficiência? Cadê a mulher independente? Ou a menina linda que todo mundo diz que eu sou? Cadê a porcaria do apêzinho que não sai nunca?
Putz, às vezes eu queria muito que pra essas coisas tivesse bula ou melhor, um senhor doutor.
Tô cansada de me auto-medicar. Só tenho feito cáca.

Não, ultimamente eu não sou boa companhia e não quero estragar as pessoas ao meu redor com meu “boníssimo” humor.

terça-feira, 4 de março de 2008

A garota da vitrine

Mirabell: Ray, porque você não me ama?
Ray Porter: Eu pensei que você entenderia...
Mirabell: Então... eu posso me machucar agora, ou... mais tarde.
(...)
Mirabell: Agora. Eu acho...

Eu: Agora... mas foi tarde demais.

Eu ainda me pego em terças ociosas remoendo a dor que trouxeram pra mim. É péssimo se identificar com situaçõesque passam nos filmes...
VOCÊ sabe me identificar nas coisas que VOCÊ assiste ou vê espalhadas pela bagunça vazia da sua vida?
Não. VOCÊ nunca me viu de verdade. E certamente não vai entender nada do que eu já escrevi aqui.
Como já foi escrito por você uma vez...

You're sooo vain...

domingo, 2 de março de 2008

One of these mornings

Numa manhã dessas
não vai demorar muito tempo
você vai procurar por mim
e eu terei partido.





(i'll be GONE)

Moby já sabia o que dizer. Faço dele a minha música.