terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Somos os substitutos
Resuma tudo e tente colocar tudo dentro de um mundo, uma caixa, um porquinho...Será que cabe?
Mergulhe nos desenhos, sinta as cores, escute a musica... Dá pra sentir?
Será que o papel principal era meu? Lógico que não.
Eu sou uma substituta. Não sou uma Paula, Ana ou Carolina. Nunca fui. Eu sou uma Mari, e é tudo isso o que uma Mari fez e faz.
Sou uma pessoa difícil de esquecer, mas, difícil de lembrar.
Única, e sim, com as piadas.
Essa sou eu.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
A garotinha ruiva
Eu achava que conhecia também o que é o amor, que quando ele acontecesse certeza que iria parar, suspirar e dizer: Sim, sim! Isto é amor! Que puxa! Mas hoje eu não sei se isso que eu carrego dentro do meu coração é amor. Ontem eu vi a minha garotinha ruiva... com muito esforço da minha parte, conversei com ela, rimos e brincamos. Eu digo esforço da minha parte, porque é difícil ter coordenação motora e emocional para lidar ao vivo com quem a gente gosta. Parece trabalho de circense que se equilibra em cima de uma corda bamba fazendo malabarismos com fogo e fumando um cachimbo. Eu estava assim... mas sem o cachimbo.
Mas o amor não existe para fazer a gente feliz? - pergunta Charlie Brown.
O amor faz a gente feliz, mas é efêmero... é momentâneo. E a gente se agarra a esses momentos como se fossem migalhas espalhadas a pequenos pardais. A gente não pega o amor e não o guarda pra gente... senão envelhece, mofa... estraga. Amor é algo com prazo de validade diário. Tem que ser renovado todos os dias.
Ontem, descobri que meu amor pela garotinha ruiva está mofando... afinal, é amor de uma pessoa só e esta guardado em um lugar secreto e seguro. Está virando um sentimento que eu não sei ao certo definir, não sei se é um querer bem, somente. Fiquei triste por questão de minutos e chorei, mas foi uma coisa que não veio naturalmente. Uma sensação de “eu ja sabia” misturada com uma ponta de tristeza. É vai ver não é para ser, definitivamente.
É melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado na vida. E como dizia o Minduim... eu estou desenvolvendo uma nova filosofia, eu só preciso suportar um dia por vez.
Até logo, garotinha ruiva.
Luísa
Quando acordei, eu sabia, eu sabia...
Dois meses depois...
Não exatamente, mas aconteceu... impávida e triste. Hoje com mais uma história para contar pra minha filha.
Ela se chamará Luísa.
E que aprenda com os erros da mãe a escolher melhor seus amores.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Figurinha repetida...
Será que a nossa vida é um circulo vicioso? Ou esse papo de destino realmente existe? Será que a gente tem que aprender as coisas do pior jeito possível? Ou será que aqui se faz, aqui se paga? Será que eu vou conseguir manter alguma linha de raciocínio lógico antes de terminar esse meu post? Putz... eu não sei.
Ontem eu tomei café com um dos meus amores, e foi bom, sabe, desabafar um pouco. Eu tenho que ter cuidado em expor minha vida. Principalmente por essa “circularidade” que acredito que acontece e muito nela.
Muita gente sabe de mim, gente que eu nem conheço! E eu vejo que meu circulo vicioso de pessoas não é muito grande e minha vida tem girado muito em torno delas. Eu não sei dar tchau? É isso? Ou eu tenho que deixar o extremo da mais pútrida ação acontecer para que o senhor destino se trate de colocar ela pra fora, porque eu não tenho coragem suficiente pra fazer isso?
Nossa, quantas perguntas...
Definitivamente, não completa o meu álbum. As figurinhas repetidas.
Mas, puxa, Deus sabe a sorte que eu tenho em encontrá-las no meu pacotinho de balinhas alucinógenas.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Das mãos de papel...
Até hoje eu lembro da minha primeira memória como gente... eu não sei ao certo a idade, mas eu lembro de mim sentada no chão da sala, rodeada de papéis e com uma tesoura na mão. Eu recortava mãos. Eram bonecas de papel.
Ali, naquele chão foi o meu primeiro contato com alguma coisa que remetesse ao meu estado atual. Hoje eu desenho para viver. E agora a pouco deitada na minha cama me veio essa memória das mãos de papel. Dai vêm as lembranças dos primeiros desenhos, das meninas com as pernas triangulares que eu desenhava (nunca homem palito!).
E agora vejo... Desenho sempre meninas, não consigo desenhar meninos.
Não sei por que, mas eles não saem direito. Meninas não, são delicadas, traços leves, como as mãozinhas de papel. Pareciam luvas de noiva. Todas as meninas que eu desenho até hoje não tem par. Somente meninas, meninas e meninas. Quase nunca um homem. E nunca mulheres, sempre meninas. Dessas com traços meigos e bochechas rosadas.
Desenhei nessa minha vida, somente dois meninos. Um menino e um homem pra ser mais precisa. Eu fiz um homem, sozinha, e ele tinha lindas mãos delicadas, mas quando eu dei uma segunda olhada eu vi que ele na verdade não era um homem. Era um boneco, caricato praticamente. Tanto é que eu cheguei a costurar um boneco do desenho que eu fiz. A única peça minha que deixou de ser tinta pra ser tato. Ele saiu defeituoso, desde o papel, defeito de fábrica mesmo. Nunca sofri tanto com um desenho meu, tentei consertar até aonde dava, mas ele saiu errado.
Mas até hoje eu não desenho mãos bonitas, quanto as que eu recortava na tesoura.
Tenho dito.
Saudades da minha infância...
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Está vivo!
a segunda, do gênero bloguístico. Álas vou fazer diferente. A vida de todas as pessoas são interessantes, e a minha, aqui nesse diário virtual vai dar pra perceber que não foge a regra.
Tenho problemas como todo mundo, dois dedos estourados de tanto clicar com o mouse (eu sou ilustradora de vetores) e um metro e meio de sindrome de chiwawa.
Já mudei de nome muitas vezes graças a internet.
Já fui morena, já fui laranjada, já fui ruiva... e hoje, eu sou somente eu.
Espero que meus posts sirvam para uma leitura agradável. Um blog é mais do que um mero diário virtual. É uma janela pra que todos possam olhar e acompanhar que a vida de cada um se cruza, e se parece muito, é um desabafo.
É a minha maneira de não me sentir tão diferente de você, quem sabe.
Mas ao mesmo tempo... a maneira unica e singular de uma menina-mulher de 24 anos escrever as abobrinhas da vida... algumas vezes com um certo bom humor.
Aqui começa um pedacinho de mim, nessas palavras.
Pegue um assento, tome um café...
e... sinta-se em casa.
Nos "vemos" em breve!