Uma incógnita sem solução (?)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dos quartos...

Pensando esses dias atrás nos relacionamentos anteriores eu me deparei com uma coisa simples e boba, mas que me fez pensar um pouco. Quantos quartos diferentes eu passei parte da minha vida, enquanto dividia ela com a pessoa que estava me relacionando?

A resposta foi um bom punhado.

Acredito que o quarto de alguém é algo sagrado. Eu levo o meu assim. Não gosto de colocar pessoas que não tem certa intimidade comigo dentro do meu quarto. Aquilo lá é meu refúgio. Meu segredo. Minhas coisas.

Os meus antigos relacionamentos tinham quartos bem distintos. Sim, todos possuíam uma cama e um computador. Alguns tinham coleção de revistinhas, outros de CDs. Tinha quarto que tinha parede colorida, outros só uma parede branca que estava começando a acumular sujeira. Mas o que me impressiona é que, mesmo com quartos com objetos similares, cada um era único. Cada um tinha um cheiro único, a roupa de cama única, a bagunça única.

No dia em que isso me veio a cabeça, pensei comigo: “Com quantas famílias eu aprendi a conviver?”. Veio-me uma nostalgia boa, sabe. Aquela sensação de que muita coisa já aconteceu na minha vida. Uma sensação de que por um tempo eu aprendi a entrar na rotina de pessoas que são muito diferentes de mim. Que de alguma forma, eu devo ter virado gente e aprendido a me socializar melhor e que isso se reflete de forma cristalina na minha vida agora.

Pergunto-me se por um acaso a recíproca é verdadeira de alguma forma. Se quando passei por estes quartos eles teriam tirado algo de mim também. Penso se de alguma forma tem algo meu lá. Penso nos presentes que fiz. Será que guardam todos? Será que continuam na prateleira? Ou será que aquilo traz a lembrança de algo que não é bom mais lembrar?

Eu acredito que todos nós somos feitos das coisas que a gente fez no passado. Sejam elas boas ou ruins. Com os bilhetes, os presentes e as fotos. Particularmente, boa parte destas coisas eu guardo em uma caixinha. Um dia quando a nostalgia bater pesado eu sei que tenho a minha pequena caixa de pandora. Aconselho todos a ter uma. Isso não é viver do passado, sério.

Pra mim é olhar a poeira acumulada do passado pra conseguir espanar a do futuro.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Obrigada.

Segundo o Aquinate, a misericórdia é causada em nós pelo sofrimento que percebemos no próximo. Ela nos leva a socorrer o que sofre, pois “a palavra misericórdia significa um coração comiserado pela miséria alheia”. Daí poder afirmar-se que o mal é causa da misericórdia. Observando-se o mundo criado com sua multidão de males materiais e espirituais pode-se e deve-se ter misericórdia em lugar de indignação e justiça vingadora.
Procurando meu nome no Google, eu encontrei poucas referências ao mesmo. Isso não é ruim, quer dizer que pelo menos toda a minha vida não está tão exposta na internet como eu pensava, eu sei que manter um blog e desabafar nele é uma maneira de expor um pedaço dela, mas ultimamente eu tenho me reservado a poucos difusores virtuais, vamos assim dizer.
Encontrei uma fórum no meio da procura do Google que estava em uma língua estranha, e usando o tradutor eu descobri que era finlandês. Ok. Eu não falo nada de finlandês, mas, a única palavra que me chamou a atenção foi a tradução do meu sobrenome, que se tornou: MISERICÓRDIA.
De repente, tudo fez sentido. Eu notei que muito da sensação que eu levo aqui dentro, essa dor, essa vontade louca de chorar é tristeza em relação às situações alheias que me rodeiam. Sempre estou triste por algum motivo, ora é comigo mesma, mas quase sempre é com os outros. De ver alguém passando por alguma situação difícil, de ver pobreza na rua, falta de consideração por quem já se amou, falsidades, fofocas... muita muita coisa mesmo.
Será que é isso que falta pra mim também? Será que o que eu carrego no meu nome é um pedido pro papai do céu pra minha própria pessoa também? Será que eu sei o que é realmente misericórdia?
Misericórdia deriva de uma junção de duas palavras latinas: miserere e cordis. A primeira é um verbo que indica "ter compaixão de". Compaixão implica sentir com o coração de alguém, ou seja, é a capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar- me de tal forma do seu coração que possa compreender o que se passa ali. A segunda palavra que deu origem ao vocábulo "misericórdia" é o substantivo cordis, que significa coração, compreendido como espaço onde brotam as emoções e sentimentos. Portanto misericórdia (miserere + cordis) significa literalmente "ter compaixão do coração", ou seja, aproximar meus sentimentos dos sentimentos de alguém, sentir "em sintonia".
Eu sempre perguntei pra Deus volta e meia o que ele gostaria que eu fizesse porque eu sempre me perco ou desvio do caminho, um caminho que as vezes eu mesma desconheço. Hoje eu estou um pouco mais aliviada, acho que Deus pode ter respondido isso no meu nome:
“Mari, tenha compaixão do coração.”
Pode deixar meu Deus, eu vou ter.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

triste.

As coisas não vão bem e o caminho é subida e está cansando.
O dinheiro já é pouco e as dívidas são muitas. Às vezes eu queria sorrir, mas eu só consigo chorar. Queria desistir, mas eu sei que eu não posso agora, muito menos descansar.
Erros que poderiam ser evitados, coisas a persistir e não ter desanimado...
A coisa não caminha e tudo parece pior.
Mas eu sei que não posso desanimar.
Eu não posso desanimar.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Triste é não sentir NADA.

Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta.
Fazer as vezes é muito barulhento.
Em um mundo extramente corrido e individualista é admirável e necessário sentir. Seja alegria, melancolia ou tristeza.
Então eu vos digo:
Triste é não sentir nada.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Tudo valeu a pena....

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...

"e o vento... veio e foi... e me trouxe você"

sexta-feira, 5 de março de 2010

Desmotivação.

Essa é a palavra. Mas, por quê?
Cara, não sei se ando fazendo muito a mesma coisa, ou se simplesmente eu vejo que estou ficando enferrujada pra função que eu to exercendo ultimamente. Num mercado de trabalho aonde boas idéias são a chave do negócio eu me sinto realmente um xuxu, aguado e sem graça.
De uns tempos pra cá eu acabei perdendo o tesão de trabalhar, isso é péssimo. Eu tenho a mania de me comparar com as pessoas e acabar me diminuindo, bom, muitas pessoas também fazem isso... mas eu não queria ser como todo mundo, sabe...
Vendo aqui uns vídeos e uns textos para uma reunião que pode mudar o direcionamento da empresa aonde trabalho, eu vi que a grande maioria do país, do mundo, se encontra na mesma. E vendo um vídeo de um carinha que eu curto mesmo eu percebi que eu tenho que encontrar o meu diferencial, o meu sonho e me virar, mas quando eu digo me virar é realmente sambar mesmo nesse caminhada profissional. Eu quero e vou ser alguém nessa vida, podem escrever aí.
Eu ainda tenho um ano inteiro pela frente... e embora esse fantasma desmotivador me assombre eu vou dar meus pulos e vou sair dessa com um sorriso no rosto.
Eu sei que agora é bem difícil isso, que ta pesando, que ta um saco... mas vamos andando, né? Senão alguém me passa a rasteira e toma a frente.
Antes um trabalho, de conseguir erguer a cabeça do que dois: o de cair e levantar depois desse tombo.
(Legal que eu começo o texto e no final eu me esbofeteio verbalmente e acabo por ver que esse post não teve lá muita coisa pra se falar ow dear...)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Viva la vida

Então eu voltei a fazer Kung fu e ta doendo muito agora porque estou sedentária demais pra conseguir fazer um agachamento decentemente.
Ok, com o tempo melhora.
Bom, esses dias pensando sobre o lance de coincidências e destino, me peguei indagando o porquê que determinadas coisas acontecem na nossa vida, pra que outras tomem o lugar.
Será que isso é realmente verdade? Será que tudo faz parte de um plano maior em que temos que passar diversas situações para chegarmos mais “prontos” em um determinado ponto? Ou será que realmente é tudo ao acaso.
Ah realmente eu não sei. Eu estou vendo que eu não sei de mais nada. Só sei do que eu sinto quando eu fecho meus olhos. Eu sinto uma saudade, um cheiro, um carinho e um beijo. Eu achava que isso era algo impossível de se acontecer a dois meses e meio atrás, mas realmente a vida é surpreendente e muda tudo quando menos esperamos.
Outra coisa que vem mudando constantemente é o que eu sinto aqui dentro. Principalmente o que eu sinto por você, sim, você. Eu não preciso esperar por nada, porque sem pedir você me dá. Não preciso falar nada, porque você já entende e muito menos dizer o quanto eu gosto de você, porque você consegue ver isso quando olha pra mim.
Eu sou uma menina, mulher ou moça, muito feliz, acredite.
Porque eu descobri que eu ainda consigo ter a capacidade de ser eu mesma, mesmo quando eu achava que tudo que eu tinha de bom já tinha ido pro saco... e que alguém gosta de mim do jeito que eu sou, mesmo eu não me esforçando para manter as aparências ou tentando ser uma pessoa melhor o tempo todo! *hurray*
Cara essa vida é doida demais e eu adoro ela.
Viva la Vida!