terça-feira, 1 de abril de 2008

Quase um mês depois daquela agulha

Falam que tudo que acontece com a gente acontece por alguma razão. Eu não sei se todos os acontecimentos que ocorreram de uns tempos pra cá comigo tenham uma boa razão pra ter acontecido. Eu tenho consciência e moral do que é certo e errado, eu não queria aprender as coisas do pior jeito por que eu penso que eu sou uma boa aluna dessa vida. Sempre fui.
Agora, a minha vida não é mais como antes. Eu me sinto estranha. Anestesiada é a palavra. Eu tenho um unico objetivo: Ficar boa. E é estranho que, durante essa caminhada, por mais apoio que eu receba (de poucos mas queridos) eu me sinto sozinha. Eu tenho que passar por isso sozinha, foi isso que a vida me mostrou. Ninguém vai ficar bom por mim. Eu tenho que me curar, sabe. Eu não queria estar passando por tudo isso... não assim de uma vez só.
Agora, a maré está mais calma. Mas lembrar de TUDO que aconteceu comigo desde o inícío de todo o processo, especialmente nesse início de ano... dói.
Dói muito.

Eu não quero passar por muita coisa de novo, porque dessa vez eu não vou aguentar. Sério. Eu não estou desistindo. Eu lutei muito, Deus sabe o quanto eu lutei. Eu acredito que eu mereça um descanso. Então, se isso acontecer de novo, ou se eu não conseguir mais continuar, deixo aqui a minha vontade marcada. Eu preciso e quero descanso. Eu quero paz de espírito.
Eu nunca fui muito de pedir as coisas, você sabe. Eu reservo agora um momento egoísta de querer algo só pra mim isso.
Chega de agulhas... Chega de anestésicos... Chega de tristeza e essa maldita dor no peito.
Todas as picadas ainda não fecharam. Um, dois, três meses depois. Quase um mês depois daquela agulha, sim aquela maior, eu estou aqui.
Viva e morta ao mesmo tempo.

Eu queria nascer de novo.

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